sábado, junho 16, 2012

Um novo começo

Hoje inicio oficialmente minhas atividades aqui no blog. Agradeço o convite da minha amiga Luana de poder escrever e divulgar meus textos e trabalhos. A conheço a três anos, e me sinto realmente honrado pelo convite.

Vou fazer o máximo para postar sempre e ajudar a Luana com a organização do blog.


Vou começar com o primeiro capítulo da série Céu Azul que escrevi. Espero que gostem:



Capítulo I

            Abra os olhos ao máximo, inspire fundo, sinta toda a sua pele junto de seus pêlos sintonizarem com o clima gélido ao seu redor.
            Nenhuma vestimenta cobre o seu corpo, seus cabelos ondulam com a brisa e apesar da luz solar tocar-te por completo, ela não te traz calor. Sob seus pés está um macio gramado extenso e intensamente verde com algumas pequenas flores brancas e amarelas. As colinas próximas a você circulam o lago que se encontra às suas costas, e ao fundo enormes montanhas cinzentas com seus cumes brancos.
            Só então você percebe: em suas mãos há um pequeno pergaminho branco e enrolado com uma fita prateada. O nó se desfaz sozinho e agora seus olhos se deparam com as letras douradas:

Bem vindo a você!
A Viagem que você acabou de realizar te trouxe a um outro nível de realidade. O Caminho que você passou e o que irá passar contém alguns valores que nem nas reflexões mais profundas alguém conseguiria alcançar. Mas não tenha medo, você conhece este lugar, afinal você vive nele. Agora siga. O seu caminho mostrará o que fazer.


Céu Azul.



             O pergaminho evapora de seus dedos. Realmente, o céu está azul.
            É então que seus pés começam a se mover, tomados por um impulso, você percebe que está correndo. O chão é fofo e faz uma verdadeira massagem nas solas dos pés, além do vento que bate na sua face. Subir as colinas é algo fácil de tão leve que estão seus passos. Entretanto o ar gélido penetra em seus pulmões. Uma dor aguda atravessa suas costas e um cansaço toma suas pernas. O equilíbrio é cada vez mais escasso e você rola colina abaixo.
            Com as costas na grama você pode observar o céu e o Sol que não lhe incomoda a vista apesar da luz. Enquanto admira essa nova possibilidade, não percebe que há uma borboleta vermelha realizando círculos em torno do seu nariz. Suas asas cintilam do mais belo escarlate e desenhos negros adornam toda a borda. De repente ela pousa, olhando para a ponta de seu nariz você observa a beleza de tão simples criatura. Agora que ela está próxima é possível perceber que os desenhos de suas asas não são realmente desenhos, são letras...

“ Siga me”

            Você mal termina de ler e o inseto alça vôo. Instantaneamente, você se põe de pé, de forma totalmente revigorada e sem dores. A borboleta é arisca e descreve parafusos no ar. Vê-se que ela te levou ao topo da mais alta colina do gramado, um alçapão redondo de mogno com uma maçaneta também redonda e feita de mármore se encontra ao lado de seus pés.
            Com a mão esquerda você toca a esfera de pedra e ao mesmo tempo um calor intenso percorre seu braço.
            A porta se abre, e você entra.
 



Um comentário:

Lua Matsdorf disse...

Eu que tenho que agradecer pela ajuda enorme que tu está me dando no blog. E espero que tua história agrade a todos como me agradou. Logo eu volto a ativa e continuo a publicar no blog também. Bem vindo Lu!